sábado, 29 de agosto de 2015

Citações de Bakhtin

Não há nem primeira palavra nem derradeira palavra. Os contextos do diálogo não têm limite. Estendem-se ao mais remoto passado e ao mais distante futuro. Até significados trazidos por diálogos provenientes do mais longínquo passado jamais hão de ser apreendidos de uma vez por todas, pois eles serão sempre renovados em diálogo ulterior. ... Pois nada é absolutamente morto: todo significado terá algum dia o seu festival de regresso ao lar.
 BAKHTIN

 Na poesia, como na vida, o discurso verbal é o ‘cenário’ de um evento. ... Um entendimento viável da significação global do discurso deve reproduzir esse evento... deve, por assim dizer, “representá-lo” de novo, com a pessoa que quer compreender assumindo o papel do ouvinte.
VOLOSHINOV

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Caderno de Estudos Bakhtinianos

Caros colegas bakhtinianos,

Segue abaixo link para um excelente trabalho sobre estudos bakhtinianos produzido pelo EEBA.

São trabalhos que podem auxiliar em muitas maneiras quase todas as linhas de pesquisas baseadas em Bakhtin.

Forte Abraço

Ivo Di Camargo Jr.

https://2eeba.files.wordpress.com/2013/11/eeba-caderno-1-2-3.pdf

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Série - Videoaulas sobre Bakhtin

Caros estudiosos de Bakhtin:
Postaremos a partir de agora uma série de videoaulas sobre o pensamento de Mikhail Bakhtin.
Bons estudos a todos. 
Prof. Me. Ivo Di Camargo Jr.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Excelente texto sobre Bakhtin - Conceitual

Caros companheiros pesquisadores de Bakhtin
Compartilho com todos este link para um texto fantástico sobre Bakhtin. Claro e competente, ele insere o pensamento do estudioso russo de forma coerente e inteligente.
Detalhe: trata-se de uma pesquisadora de nossa Unesp Assis. Prestigiemos.

https://pendientedemigracion.ucm.es/info/especulo/numero43/brabaj.html

Forte abraço

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

CITAÇÕES DE BAKHTIN

Seguem para conhecimento ou citações algumas das melhores ideias de Bakhtin em formas de metáforas, diretamente extraídas de suas obras.

“a consciência tornou-se o asylum ignorantiae de todo o edifício filosófico.” (Michail Bahktin,
Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1979. p. 35);



“a consciência individual não é o arquiteto dessa superestrutura ideológica, mas apenas um
inquilino do edifício social dos signos ideológicos.” (IDEM, p. 36);



“Todas as manifestações da criação ideológica – todos os signos não verbais – banham-se no
discurso e não podem ser nem totalmente isoladas nem totalmente separadas dele.” (IDEM, p. 38);



“embora nenhum desses signos ideológicos seja substituível por palavras, cada um deles, ao mesmo tempo, se apóia nas palavras e é acompanhado por elas, exatamente como no caso do canto e de seu acompanhamento musical.” (IDEM, p. 38).



“o autor deve situar-se fora de si mesmo, viver a si mesmo num plano diferente daquele em que
vivemos efetivamente nossa vida; essa é a condição expressa para que ele possa completar-se até
formar um todo, graças a valores que são transcendentes à sua vida, vivida internamente, e que lhe
asseguram o acabamento.” (Michail Bahktin, Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2000. p. 35);



“a exotopia é algo por conquistar e, na batalha, é mais comum perder a pele do que salvá-la,
sobretudo quando o herói é autobiográfico, embora esse não seja ao único caso: costuma ser tão
difícil situar-se fora daquele que é o companheiro do acontecimento quanto fora daquele que é o
adversário; tanto faz situar-se dentro do herói, ao seu lado ou à sua frente, todas estas são posições
que, do ponto de vista dos valores, desnaturam a visão e não contribuem para completar o herói e
assegurar-lhe o acabamento; em todos esses casos, os valores da vida triunfam sobre aqueles que
são seus depositários. A vida do herói é vivida pelo autor numa categoria de valores diferente
daquela que ele conhece em sua própria vida e na vida dos outros — participantes reais do
acontecimento ético aberto, singular e único, da existência —, é pensada num contexto de valores
absolutamente diferente.” (IDEM, p. 35);



“É a exotopia do autor, seu próprio apagamento amoroso fora do campo existencial do herói e o
afastamento de todas as coisas no intuito de deixar esse campo livre para o herói e para sua vida, é a compreensão que participa no acabamento do acontecimento da vida do herói, exercendo-se a partir do ponto de vista real-cognitivo e ético de um espectador que não toma parte no acontecimento.” (IDEM, p. 35)



“Essa atitude do autor vai subtrair o herói ao acontecimento, singular e único, da existência, o qual engloba o herói e o autor-homem, no qual o herói poderia situar-se ao lado do autor — quer como companheiro, à sua frente, quer como adversário, quer, afinal, no interior do autor, como ego —, vai subtrair o herói à solidariedade em comum e à responsabilidade coletiva e vai engendrá-lo, enquanto novo homem, num novo plano da existência, onde ele não poderia nascer por própria conta e pelas próprias forças, onde ele reveste uma carne nova que, para ele mesmo, não é substancial e não existe.” (IDEM, p. 34-35)