sábado, 13 de abril de 2013

MIKHAIL BAKHTIN: A POÉTICA SOCIOLÓGICA E OS ESTUDOS CULTURAIS



APRESENTAÇÃO


Todo ato cultural se move numa atmosfera axiológica intensa de interdeterminações responsivas, isto é, em todo ato cultural assume-se uma posição valorativa frente a outras posições valorativas.
                                                          (FARACO, 2008: p. 38)

Com muita alegria apresento este novo trabalho, produto do esforço do Grupo de Estudos Bakhtiniano GEB/Assis, que atua desde o ano 2007, e que ano a ano contribui nas pesquisas, nesta área, através de participação em eventos, organização de colóquios e publicações. Neste ano de 2012 os artigos produzidos pelo grupo, expostos neste novo livro, se somam aos produzidos pelos alunos do curso de pós-graduação em Letras da Faculdade de Ciências e Letras da UNESP/Assis, como resultado da disciplina ministrada, no primeiro semestre, por mim, A Poética Sociológica do Circulo de Bakhtin e os Estudos Culturais.
Nesse espaço acadêmico tivemos riquíssimos diálogos para tentar entender como a literatura, como expressão artística, teria a responsabilidade de refletir sobre a vida, e sobre o momento sócio-histórico. Para alcançar esse propósito ouvimos diferentes vozes como as que fazem, de alguma forma, coro com o conceito de Bakhtin de cultura, como um confronto de vozes.

Una cultura podría conceptuarse como el sistema de la totalidad de relaciones o comunicaciones establecida entre un grupo humano y el segmento de realidad que aquel define de manera peculiar y propia y cuya integración, varía, en grado diverso a lo largo de la historia. (CORDEU, 1970: p.68)

Este e outros autores concordam com Bakhtin, que a grande força que move o universo das práticas culturais são as posições socioavaliativas postas numa dinâmica de múltiplas interrelações responsivas, e, que o ato criativo envolve um complexo processo de transposição de recortes da vida para a arte; ou seja, o escritor é capaz de trabalhar numa linguagem enquanto permanece fora dessa linguagem; este deve se liberar da hegemonia de uma língua unitária como mito e se deixar vagar livremente pela heteroglossia (diversidade social de linguagens).
Outro diálogo interessante foi o estabelecido com A Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento: contexto de François Rabelais; este nos permitiu compreender o conceito de carnaval como manifestação popular que se contrapõe à cultura oficial, que teve seu início na crítica à Igreja Católica como institução mais poderosa dessa época. Mais tarde veríamos o carnaval como o grotesco, onde o elemento principal seria o corpo; onde se une alegria, festa e protesto. O carnaval até os dias de hoje oferece uma suspensão temporarária do proibido e tudo se transfere a um nível material (terra e corpo).
Outro tema importante que surgiu foi o diálogo entre carnavalização e dominação neocolonial, onde demos ênfase aos países de cultura profundamente mestiça, como a brasileira, e a de alguns países do continente africano. O carnaval, enfim, enfoca uma tensão social, critica o poder estabelecido e, muitas vezes, indica algum caminho de transformação social possível. Como expressa Stam (1992, p.54): "O artista de uma cultura dominada não pode ignorar a presença estrangeira; é preciso que dialogue com ela, que a engula e a recicle de acordo com objetivos nacionais".
Agradeço aos autores colaboradores que, com seu valioso apoio, tornam possível este trabalho, que é regido pelo coro de vozes que tem como grande regente o mestre Bakhtin.



Ester Myriam Rojas Osorio
Lider do GEB/Assis

domingo, 7 de abril de 2013

Mikhail Bakhtin e os gêneros do discurso na educação


Apresentamos aqui nosso terceiro livro e grande sucesso editoria tendo em vista que a classe dos professores e mestres deste país adotou nossas ideias e dialogaram conosco neste livro que tratou de discutir como realmente os gêneros do discurso podem ser abordados efetivamente na educação brasileira. Eis o que disse acerca do livro, nossa líder, Dra. Ester Rojas:

Entendemos que a palavra não é puramente um fato lingüístico, mas que quando um sujeito se apropria da palavra, além dos diálogos já impregnados nela, ele também acrescenta outras vozes para que para ele fossem soadas e, assim, consegue preencher tal palavra de sentidos. Desta forma, o sujeito gera enunciados carregados de palavras plurais e polifônicas, conseguindo dar um verniz particular ao seu discurso. É desta forma que expressamos o nosso mundo e estamos cientes que cada cultura define sua realidade de uma forma peculiar. Temos tentado mostrar aqui duas realidades expressas por Gêneros Discursivos que, apesar de terem circulado com pouca diferença de tempo, circularam em cenários totalmente diferentes, que representam valores e modos de pensar o mundo de forma totalmente oposta. Por último, lembramos que os Gêneros Discursivos são ferramentas construídas através de processos sócio‐históricos para fins comunicativos; ferramentas que servem de mediadoras entre as atividades humanas e o mundo.
Ester Myriam Rojas Osorio – Líder GEB


Aos leitores interessados, este livro poderá ser conhecido ou escrevendo-se para nosso e-mail:

bakhtinianos@gmail.com

ou se acessando o site:

http://www.pedroejoaoeditores.com.br/estudos-da-linguagem/principais-livros/mikhail-bakhtin-e-os-generos-do-discurso-na-educac-o.html

Conheça-nos e dialogue conosco. Esperamos seu contato dialógico.


sábado, 6 de abril de 2013

Mikhail Bakhtin - Cultura e vida


Eis nosso segundo livro. Resultado de uma série de discussões que tiveram como mote a multiculturalidade principalmente entre os povos latinoamericanos e os diversos segmentos da cultura geral, este livro traz uma aprofundamento na discussão sobre o princípio da alteridade, abordada nas discussões acerca de nossa cultura em diálogos com outras culturas.

Eis a orelha do livro:

É possível passar a vida a limpo? Mergulhar de cabeça nos meandros da cultura e entender a vida do outro que não eu? Talvez não, mas é possível reinventá-la a cada segundo, ampliando o contorno do que costumamos chamar de realidade e penetrar na cultura do próximo como se fosse minha para torná-la mais conforme com o nosso real. É possível lançarmos um olhar para além do véu que nos cobre os olhos e deturpa nossa visão e enxergarmos as coisas e as pessoas em sua melhor completude.

É isto o que nosso livro tenta fazer - e convidamos a fazer conosco - em seus artigos bem preparados.   Segundo livro em dois anos? Ora, isso não é nada para quem corre os riscos de se recriar e entrelaçar  com vigor e realce de uma nova realidade a cada momento, não com uma comum e sem graça monologia, mas outra face muito mais verdadeira, dialógica e polifônica, onde diversas vozes urgem em dar o seu vir a ser para serem completadas.

Vozes que trazem recantos de nuestra América Desconhecida, realidades de povos que não conhecemos, filmes que não assistimos, olhares que não olhamos, escritas que não entendemos, gente que não queremos ver, mas que ao mesmo tempo, demandamos conhecer e reconhecer em nós mesmos.

O livro do Grupo de Estudos Bakhtinianos vem para mais uma vez trazer para a prática, o olhar do pensador Mikhail Bakhtin e revelar a nós mesmos como é possível ser humanista em pleno século XXI e ser o inquilino de nossa própria consciência dentre as muitas consciências possíveis. Pois como dizia o mestre russo " a conciência individual não é o arquiteto dessa superestrutura ideológica, mas apenas inquilino do edifício social dos signos ideológicos".

Prof. Ms. Ivo Di Camargo Jr.

Caso desejem conhecer esta obra por nós concebida e dialogar conosco, entrem em contato pelo e-mail:

bakhtinianos@gmail.com


BAKHTIN NA PRÁTICA - LEITURAS DE MUNDO


Iniciamos nossas publicações quando da fundação de nosso grupo em 2008. Foi um ano muito produtivo e que resultou no nascimento do GRUPO DE ESTUDOS BAKHTINIANOS DA UNESP ASSIS.

A ideia de um grupo puramente voltado aos estudos bakhtinianos relacionando-se com as diversas teorias da linguística e da literatura gerou nosso primeiro trabalho que apresentamos neste momento. Eis o que escrevemos sobre ele no momento do lançamento.

Este livro é um mosaico de experiências díspares, sobre a escrita e o tempo, a pesquisa e a vida. Os textos aqui reunidos acentuam as marcas do já vivido, dos percursos feitos, das imagens registradas pela memória ou pela câmera, das horas passadas e das lembranças destas horas. Livro de estudos sem um foco único, aberto às surpresas que a própria memória oferece. Também nos faz perceber por onde estes pesquisadores andaram no pensar de suas divagações teóricas, o que os atraía, o que os estimulava a continuar, ou a fazer da viagem ponto de reflexão. Um livro de pensamentos bem bakhtiniano.

Por este motivo nomeamos este livro de Bakhtin na prática: leituras de mundo, pois pretendemos, aqui, uma introdução contextualizada às principais idéias do teórico russo. Gradualmente, as análises intentam familiarizar-se com as noções de dialogismo, ideologia, polifonia, carnavalização, entre outros, ao leitor, experiente ou iniciante.

Podemos ver aqui o fruto das pesquisas do Grupo de Estudos Bakhtinianos (GEB) da UNESP de Assis, que tem como intuito aplicar uma leitura dialógica no melhor espírito bakhtiniano, rica e estimulante, a elementos presentes, unindo teoria e mundo, numa prática multidisciplinar e cultural.

Formado por estudantes de Graduação, Especialização, Mestrandos e Doutores, que utilizam os conceitos humanistas de Mikhail Bakhtin em seus trabalhos, o grupo iniciou suas atividades no segundo semestre de 2007 e desde o primeiro semestre de 2008 está oficialmente cadastrado junto ao CNPq e a UNESP como o primeiro Grupo de estudos totalmente voltado para os ESTUDOS BAKHTINIANOS.



Estudiosos que desejem conhecer este trabalho basta escrever para 

bakhtinianos@gmail.com 

Atenderemos sua solicitação e esperamos que gostem de nosso trabalho.













GEB UNESP ASSIS



Este blog tem a intenção de trazer todas as atividades, escritos, pensamento, discussões, divagações, recordações, amizades e diálogos produzidos pelo GRUPO DE ESTUDOS BAKHTINIANOS da Unesp Assis;


Somos o primeiro Grupo de estudos de temática puramente Bakhtiniana cadastrado no CNPq no Brasil.


Realizamos Colóquios de estudos anualmente.


Dialogamos em diversos congressos em todo Brasil.


Publicamos nossos livros anualmente fruto de nossas pesquisas e discussões.


Enfim, esperamos sua visita e sua amizade dialógica.


Sejam bem-vindos


Grupo de Estudos Bakhtinianos 
GEB UNESP ASSIS